Durante Assembleia Geral realizada na quinta-feira (10) o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref) definiu a reposição salarial em 15,41%, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017; e, sobre a Greve Geral, o sindicato decidiu definir seu início na segunda-feira (21), após reunião com todos os sindicatos filiados a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
De acordo com o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, o balanço financeiro divulgado este ano pela Prefeitura de Maceió demonstra que a reivindicação da categoria pode ser atendida, pois o custo com a folha de pagamento dos servidores municipais está em 47% e pode chegar até 54%.
“A gestão do prefeito Rui Palmeira tem sim condições de atender a reposição salarial pretendida, pois como visto no balanço financeiro, o valor com a folha de pagamento está abaixo do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, expõe Sidney Lopes.
Além disso, o presidente informa que 50% do orçamento da Prefeitura de Maceió é destinado a contratos de serviços terceirizados, que são atualizados anualmente. “Esses contratos são reajustados automaticamente de acordo com a inflação, enquanto isso o salário dos servidores ficam defasados, e nós temos que brigar para conseguir o direito do reajuste salarial atendido”, explica Lopes.
Negociação
Diferente do que o prefeito Rui Palmeira está informando, desde janeiro deste ano, o Sindspref tenta negociar com a sua gestão, que não deu retorno. No dia 30 de janeiro foi enviado o Ofício nº 15/2018 para abrir a Mesa de Negociação. Durante fevereiro e março tentou-se inúmeros contatos telefônicos com o secretário municipal de Gestão, Reinaldo Braga.
“A organização da Greve Geral é resultado de toda essa falta de interesse da gestão do prefeito Rui Palmeira em negociar com o sindicato. Ligamos por diversas vezes e mandamos várias mensagens para o secretário Reinaldo, com a finalidade de fazer o reajuste dos servidores da melhor forma para ambos os lados, mas ele não atende os telefonemas e apesar de visualizar as mensagens, não as responde”, explica Sidney Lopes.
Dia 18 de abril foi convocado por meio de edital uma Assembleia Geral para o dia 23/04, ninguém da Prefeitura de Maceió compareceu para dialogar, com isso no dia 24/04 foi convocada outra Assembleia Geral, marcada para o dia 10/05, para deliberar a Greve Geral.