Servidores de Maceió se reúnem para discutir proposta de aumento salarial

Categoria pede reajuste de 16%; nova reunião será realizada na terça-feira com secretariado municipal 

 Por Larissa Bastos e Patrícia Mendonça, Gazetaweb
 

Servidores públicos de Maceió se reuniram na manhã desta sexta-feira (17) para discutir a data base das categorias do funcionalismo municipal, que pede 16% de reajuste. O encontro aconteceu na Praça Dois Leões, no bairro do Jaraguá, após a reunião realizada na quinta com o prefeito Rui Palmeira. A votação sobre uma possível greve ficou para a próxima semana.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs), Fernando Cândido, o aumento pedido é equivalente à soma das perdas salariais dos últimos anos. Em 2018, eles conseguiram um aumento de 3% após a realização de uma greve, enquanto em 2017 o percentual foi de 0%.

 

“Tudo isso gera um passivo acumulado que a gente precisa discutir. Não é concebível que cerca de 15 mil trabalhadores amarguem defasagens salariais, principalmente porque a realidade financeira do município hoje é saudável. Fizemos um estudo [com base no portal da transparência] através de um pesquisador, mestre nessa área, que nos mostrou números incontestáveis de que o município vai muito bem”.

Um dos líderes do Movimento Unificado dos Servidores, ele acrescentou que a assembleia realizada nesta sexta teve como objetivo passar para as categorias o que foi discutido com o prefeito. Uma nova reunião, dessa vez com o secretariado municipal, acontece na terça-feira.

“A gente precisa consultar os servidores, saber se eles estão dispostos a negociar direitos que foram duramente conquistados ou se eles nos autorizam a não negociar qualquer direito em hipótese alguma. O que ficar de liberado é o que os sindicatos terão que, por obrigação, fazê-lo. Essa definição será o norte do que vamos discutir na reunião com o secretário de Administração”.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Algoas (Sinteal), Maria Consuelo afirmou que a Prefeitura propôs um novo projeto de lei para o funcionalismo público. Segundo ela, a proposta, que não incluiria a salubridade, foi recusada pelos líderes sindicais.

“Ontem o prefeito veio propor um novo projeto de lei para os servidores municipais, mesmo depois da nossa recente e conturbada luta contra o último PL proposto na Câmara. Desta vez ele disse que na nova proposta não irá incluir a salubridade e nós enfatizamos muito que, para a gente, o PL é um assunto superado, o que a gente quer discutir é a campanha salarial e a reposição das perdas”, aponta.

A próxima assembleia com as categorias ainda não tem data marcada, mas os sindicatos afirmam que a possibilidade de greve é grande caso não haja avanço nas negociações com a gestão municipal.

“Há possibilidade de a gente entrar em greve se não tiver negociação, até porque a gente já provou ao prefeito, com os dados da Prefeitura, que Maceió hoje tem condições de dar 6% de reposição salarial ao servidor público. Esses dados foram analisados conforme os que estão expostos no portal da transparência”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maceió e Região Metropolitana (Sindispref), Sidney Lopes.

Os servidores reclamam que vêm acumulando perdas salariais desde 2015; e, em cinco meses, o executivo municipal não definiu o aumento salarial da categoria, que deveria ser dado em janeiro e que foi garantido pelos vereadores em 2018, ao ser incluso na Lei Orçamentária Anual (LOA). A legislação traz o percentual de 4,17%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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