Presidente do Sindspref denuncia Rui Palmeira ao MP de Contas

Sidney Lopes solicita apuração de empréstimo milionário feito pelo prefeito de Maceió

presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref), Sidney Lopes, deu entrada na quarta-feira (4), com uma denúncia contra o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), no Ministério Público de Contas do Estado de Alagoas (MPC-AL) aos cuidados do Procurador Geral de Justiça, Dr. Gustavo Henrique Albuquerque Santos.

Sidney Lopes solicitou a apuração do impacto financeiro do Executivo Municipal, bem como o empréstimo no valor de 15 milhões de reais, conforme publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 21 de novembro de 2019. “Ele vendeu a carteira de pagamento do municipal para o Banco Itaú por 46 milhões de reais e a gente não sabe o que aconteceu com esse dinheiro. E ainda, deixa no fim do seu mandato um empréstimo milionário, para o próximo prefeito se virar para pagar. Quero que o MPC identifique se isso é legal, se está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, explicou o presidente do Sindspref.

A justiça foi acionada, pois a situação do servidor público municipal não é nada boa. Os trabalhadores estão minguando desde 2015 com perdas salariais e em 2019, não recebeu nenhuma reposição na sua remuneração, mesmo com um relatório contábil provando que é possível.

Veja no IGTV o vídeo completo em que Sidney Lopes explica os motivos para acionar a justiça contra o prefeito de Maceió, Rui Palmeira | Click na foto

“Além do relatório contábil mostrar, que o prefeito pode realizar o pagamento da folha sem atraso, ele também indica que se houver a diminuição de 11% dos cargos comissionados a administração pública pode realizar a reposição salarial dos trabalhadores sem problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, explica Sidney Lopes.

LEGISLAÇÃO

A atualização dos salários dos servidores públicos está garantida na Constituição Federal inciso X do art. 37, na Lei 10.331/2001, e nas Leis Municipais de Nº 5.898/2010 e Nº 5.241/2002 ― assegurando aos servidores o reajuste salarial anual conforme data-base em janeiro e aplicando-se o percentual baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), índice que mede a inflação.

PARECER CONTÁBIL

O relatório orçamentário e financeiro do Município de Maceió feito pelo contador da Massayó Contabilidade, Diego Farias de Oliveira, a pedido do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Município de Maceió, foi entregue no dia 1º de julho ao secretário municipal de Gestão, Reinaldo Braga, e ao secretário municipal de Economia, Fellipe Mamede.

O estudo analisou os dados obtidos nos relatórios bimestrais (RREO) e quadrimestrais (RGF), publicados no SICONFI – Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (www.siconfi.gov.br) e no site da Prefeitura de Maceió (http://www.transparencia.maceio.al.gov.br/), no dia 30 de maio de 2019, em atraso, em descumprimento ao disposto no artigo 9º, §4º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº. 101/2000) e objeto de requerimento em plenário da Câmara Municipal de Maceió, pelo Vereador Galba Novais Netto (PMDB) em 11/06/2019.

O parecer contábil revela que a Receita Total de R$727,4 milhões e a Despesa Total realizada no valor de R$570,4 milhões, resultaram em um Superávit Primário de R$156,9 milhões de reais. “Os números apurados apontam para a manutenção do equilíbrio fiscal e tonelagem para reajuste dos servidores públicos da Prefeitura de Maceió acima do IPCA para que estes possuam ganhos reais”, explica o relatório.

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