A luta dos servidores públicos municipais de Maceió fez história, após severa pressão da categoria contra dois Projetos de Lei, que retiravam direitos e desvalorizavam os trabalhadores
No dia 9 de abril de 2019, os servidores públicos municipais de Maceió enfrentaram as vontades políticas e se uniram contra o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), e os vereadores, que estavam prontos para aprovar dois Projetos de Lei, que alteravam o Plano de Cargos e Carreiras e o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Maceió. O impasse gerou muita revolta para os trabalhadores e a ocupação da Câmara Municipal de Maceió.
Neste dia, os projetos estavam na ordem do dia para serem votados pelo Legislativo Municipal e os trabalhadores haviam feito uma paralisação de 24h para acompanhar a votação, mas foram impedidos de entrar na Câmara Municipal e de defender os seus direitos. “O pacote de maldades”, como ficou conhecido os dois Projetos de Lei, perseguiam o trabalhador, ao retirar direitos e reduzir seus salários.
“O pacote de maldades” era um retrocesso de lutas vencidas durante décadas pelo movimento sindical a favor dos servidores públicos municipais de Maceió; por isso os trabalhadores não aceitaram calados as vontades do prefeito, que vendo a força da categoria cedeu. Após uma reunião com os líderes sindicais, no dia 12 de abril, Rui Palmeira retirou da pauta da Câmara Municipal de Maceió os dois projetos.
De acordo com o presidente Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref), Sidney Lopes, o 9 de abril ficou na história de luta da categoria. “Foi um levante muito importante para os servidores, se o prefeito e os vereadores não nos valorizam, nós não cedemos. Ocupamos, gritamos, mostramos para todos o que queriam fazer com a gente e o resultado foi expressivo! A todos que estavam presente, parabéns! Todos vocês são verdadeiros campeões”, expõe Sidney Lopes.