Em um ato antidemocrático, MEC censura profissionais da educação, pais e alunos por participarem de protestos em defesa da educação
Só vai conseguir governar quem aprender direito o “Bê-a-Bá” do povo brasileiro. Estudantes, trabalhadores e militantes de movimentos sociais se uniram e foram às ruas, mais uma vez, a favor da Educação. Em Maceió, a diretoria do o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref) participou da segunda mobilização, que reuniu uma multidão pelas ruas do Centro de Maceió, na tarde de quinta-feira (30).
Passados 15 dias, entre um protesto e outro, o movimento não cedeu. Ele cresceu. A população de todos os Estados e de centenas de cidades, verbalizaram suas insatisfações com o Governo Federal. O bloqueio de recursos para a Educação, que afetam o funcionamento desde a educação infantil à pós-graduação; e, a reforma da Previdência, que é ponto central das preocupações de todos os trabalhadores, foram os principais temas de descontentamento nas ruas.
Diante da força dos protestos em defesa da educação, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota em que censurava todos os envolvidos com a educação do Brasil. O MEC informou que professores, servidores, funcionários, alunos e até mesmo pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. O Ministério ainda orientou, que sejam feitas denúncias por meio do site ouvidoria do MEC.
Para o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, o povo brasileiro não deve baixa a cabeça às perseguições do governo. “Vivemos em uma democracia e ela se faz vale ao tempo em que vamos às ruas protestar contra o que não concordamos. Nenhuma censura vai amenizar os ânimos. Acredito, que é um tiro no pé, pois só servirá para despertar quem ainda não entendeu direito o que o governo do Bolsonaro está tentando fazer com o nosso Brasil”, se impõe Sidney.
“Defendemos a democracia e o livre arbítrio”, explica o vice-presidente do Sindspref, Thiago Acioly. “Somos milhares, espalhados por todo o Brasil. Está é a resistência do povo contra a opressão e perseguição do governo. É essencial que todos fique unidos contra atitudes antidemocráticas de nossos governantes, pois só assim o povo será ouvido”.
Contra a censura, os cortes orçamentários, a reforma previdenciária, o desrespeito com o futuro do trabalhador e com a opinião pública, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversas centrais sindicais estão unidas para uma Greve Geral no dia 14 de junho.