Sindspref fortalece luta contra privatização da saúde de Maceió

Diretoria participou de audiência pública realizada na Câmara Municipal de Maceió

 

“A saúde é um direito, não é um negócio”, “Por leitos de saúde mental em Hospital Geral”, “Somos contra a privatização”, “Concurso Público Já! Para garantir a estabilidade dos empregos e a continuidade do trabalho”.

São dezenas de cartazes confeccionados pelos servidores públicos municipais de Maceió e colados nas paredes do auditório da Câmara Municipal de Maceió, durante audiência pública sobre a privatização da saúde do Município, realizada na manhã desta sexta-feira (13).

A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref), participou do evento e fortaleceu a luta em prol do concurso público e de uma saúde pública gratuita e de ótima qualidade para toda a população.

O diretor do Sindspref, Marcelo Brasileiro, disse que o processo de privatização da saúde em Maceió é um absurdo, tendo em vista que o SUS salvou milhares de vidas durante a pandemia e os profissionais devem ser valorizados e não penalizados.

“Precisamos de concursos públicos, não da venda dos serviços na cidade. Somos contra! E repudiamos este processo implementado pelo prefeito JHC, sem nenhum tipo de discussão com a sociedade”, refletiu.

São 6 milhões de reais mês, 72 milhões de reais anos, que serão pagos a uma entidade privada, para cuidar dos serviços de atenção básica e odontológicos de Maceió.

De acordo com a professora e ex-reitora da Universidade Federal de Alagoas, Valéria Correia, isso significa a captura dos recursos públicos para uma entidade privada. “A Organização da Sociedade Civil, na realidade é para disfarçar o processo de privatização, como vários teóricos já colocam esta questão, da captura e de ressignificar o que é de fato. É para mascarar, pois se trata de seis milhões mês para ser passado para uma entidade privada”, relatou.

A vereadora, Teca Nelma, informou que não houve nenhuma reunião ou projeto de lei que passou pelo legislativo. “Também ficamos sabendo sobre este processo por meio do Diário Oficial. Nunca houve discussão com os servidores, conselhos de saúde, sindicatos e nem os usuários do próprio serviço”, relatou.

A audiência pública foi realizada pela vereadora Teca Nelma e pelo vereador Dr. Valmir, a pedido do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Saúde do Município de Maceió (Sindsaúde) em conjunto com a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde (FNCPS).

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